apalermados
diante do mistério
da revelação, da responsabilidade, da beleza
idiotizados pelo mundo circundante
enfrentando a cidade
movediça dos sonâmbulos na direção
perdendo as saídas, as entradas
do mundo que se faria
que se fará
onde poderemos ser pais
ter paz
tentando ser heróis
desse mundo
a confundir os mundos,
imundos
engarrafados no caminho
dos nós
brilhando aos outros,
perdidos de nós
a buscar,
a tentar, a tentar
uma vida menos medíocre
aqui,
ali ou acolá
acolher,
a colher,
na colher
ou na pá
o que precisa
de ser escavado,
ser escavado...
ser escavado
à luz do dia
ou na treva noturna,
lugar do herói
amedrontado,
fugidio
das muitas
muitas muitas
incertezas de hoje
de ontem
e de sempre
participar,
ser,
ter,
conter,
poder
partilhar
o que não há
como
como
se o mundo de hoje
refletisse o de ontem
e como se não
olhar para trás
e ver,
verificar,
ver e ficar
pasmo,
abestalhado
como nossos pais
apalermados!
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